quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A busca do prazer

O desejo precisa de alguns requisitos para aflorar. A maneira como se vive a vida, como se posiciona frente às situações, fatos marcantes traumáticos, inibição patológica, negação e vergonha do próprio corpo são apenas alguns dos fatores que podem determinar maior ou menor desejo sexual.,

Há duas origens conhecidas para a falta da libido: física ou psicológica. “As causas físicas po­dem ser anemia, alcoolismo, a­buso de drogas ou doenças ginecológicas. As psicológicas podem incluir depressão, es­forço do trabalho, ansiedade, problemas de relacionamento com o parceiro e condições difíceis”, ex­plica a ginecologista Maria Virgínia de A­guiar, presidente do Comitê de Se­xo­logia da Associação dos Gi­ne­co­logistas e Obstetras de Minas Ge­rais (So­gi­mig).

Assim como os homens, que con­­tam com diversas pílulas para so­lucionar o problema da impotência, as mulheres têm também bo­a notícia: medicamentos que po­dem aumentar a libido. Há igualmente drogas para repor os hormônios femininos que estão em queda por causa da menopausa, co­mo o estrogênio. “A reposição hormonal pode auxiliar no tratamento pa­ra aumentar o desejo sexual”, explica a especialista.

O que pouca gente sabe é que o anticoncepcional também pode acarretar a queda da libido, explica Maria Virgínia. Tudo por causa dos hormônios sintéticos utilizados nas pílulas. No entanto, nenhuma mulher deve fi­car preocupada com a possível reação, uma vez que a simples troca de fórmula do contraceptivo reverte a si­tuação se esse for o único motivo do problema, conforme explica a médica.

Prática equivocada que vem ganhando adeptas entre as mulheres é o uso de medicamentos masculinos para a impotência: “Tomar Viagra tam­bém não resolve a falta de apetite se­xu­al. Algumas pacientes me revelaram que já experimentaram. Mas o Viagra é um medicamento que serve apenas para restaurar a função e­rétil do homem”, diz.

Na opinião da comunicadora so­cial Norma*, a mente é o que melhor in­fluencia a libido. Ela se orgulha de aos 50 anos nunca ter tomado medicamento para aumentar o apetite sexual. “Não tenho nenhum problema com autoestima e censura no quesito sexual”. Para ela, a mulher tem que, em primeiro lugar, se amar e saber dar prazer a si mesma, para saber receber o outro. “Não se deve tornar escrava da beleza. A preocupação exagerada com a estética atrapalha o prazer. O fundamental é a capacidade de se en­tregar”. Segundo Norma, hou­ve uma época em que teve queda na libido por causa de um antidepressivo que tomou no período de quatro meses por indicação médica. “Quando percebi, interrompi o medicamento imediatamente”, brinca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário