O desejo precisa de alguns requisitos para aflorar. A maneira como se vive a vida, como se posiciona frente às situações, fatos marcantes traumáticos, inibição patológica, negação e vergonha do próprio corpo são apenas alguns dos fatores que podem determinar maior ou menor desejo sexual.,
Há duas origens conhecidas para a falta da libido: física ou psicológica. “As causas físicas podem ser anemia, alcoolismo, abuso de drogas ou doenças ginecológicas. As psicológicas podem incluir depressão, esforço do trabalho, ansiedade, problemas de relacionamento com o parceiro e condições difíceis”, explica a ginecologista Maria Virgínia de Aguiar, presidente do Comitê de Sexologia da Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig).
Assim como os homens, que contam com diversas pílulas para solucionar o problema da impotência, as mulheres têm também boa notícia: medicamentos que podem aumentar a libido. Há igualmente drogas para repor os hormônios femininos que estão em queda por causa da menopausa, como o estrogênio. “A reposição hormonal pode auxiliar no tratamento para aumentar o desejo sexual”, explica a especialista.
O que pouca gente sabe é que o anticoncepcional também pode acarretar a queda da libido, explica Maria Virgínia. Tudo por causa dos hormônios sintéticos utilizados nas pílulas. No entanto, nenhuma mulher deve ficar preocupada com a possível reação, uma vez que a simples troca de fórmula do contraceptivo reverte a situação se esse for o único motivo do problema, conforme explica a médica.
Prática equivocada que vem ganhando adeptas entre as mulheres é o uso de medicamentos masculinos para a impotência: “Tomar Viagra também não resolve a falta de apetite sexual. Algumas pacientes me revelaram que já experimentaram. Mas o Viagra é um medicamento que serve apenas para restaurar a função erétil do homem”, diz.
Na opinião da comunicadora social Norma*, a mente é o que melhor influencia a libido. Ela se orgulha de aos 50 anos nunca ter tomado medicamento para aumentar o apetite sexual. “Não tenho nenhum problema com autoestima e censura no quesito sexual”. Para ela, a mulher tem que, em primeiro lugar, se amar e saber dar prazer a si mesma, para saber receber o outro. “Não se deve tornar escrava da beleza. A preocupação exagerada com a estética atrapalha o prazer. O fundamental é a capacidade de se entregar”. Segundo Norma, houve uma época em que teve queda na libido por causa de um antidepressivo que tomou no período de quatro meses por indicação médica. “Quando percebi, interrompi o medicamento imediatamente”, brinca.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
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